Queremos ser íntimos e dançar a mesma música
Dormir na mesma cama e dividir o mesmo prato
Descansar o coração
Beijar a mesma boca e tocar a mesma pele
Queremos gente como a gente
De carne e osso
E frágeis como flores
Você aprende a não ser cruel depois dos vinte
Destrói-se tanta coisa enquanto é jovem
Para depois consertar cada detalhe
Ah, se a juventude soubesse disso
Se o coração dos jovens soubesse disso
Haveria flores o tempo todo
Queremos ser íntimos e abraçar as nossas árvores
Beijar os nossos rios, nossos índios, nossos pares
Encontrar uma razão
Ouvir a chuva mansa percorrer o seu caminho
Noite na varanda, os amantes e os bichos
Se alcançam pelos vãos
Ah, se a juventude soubesse disso
Se o coração dos jovens soubesse disso
Haveria flores o tempo todo