Cobra que não anda não engole sapo
O olho quando gula é fruto do pecado
Quem vive pedindo sopa morre atropelado
E a ave de rapina morre sem ninguém
Com o próprio bico arranca a pena e morre sem ninguém
Quem vive em harmonia não perde o compasso
Respeito o dom da vida e o meu destino eu traço
Com efeito à poesia de Beto sem Braço
A pulso firme a sintonia dessa geração
Se Deus desse asa à cobra pena de mim não teria
Eu mato um leão por dia e brigo com mais de cem
Sou um gladiador de mim mesmo
Não quero brigar com ninguém
É por isso que eu pergunto se
Cobra tem ou não tem?
Porque todo cuidado é pouco nessa terra de ninguém