Vidas que vão ao longe marcadas pelo medo
Que o por do sol esconde por trás do arvoredo
E o que será do homem sem saber, sentir, se achar
Enredando a dor e a fome sem poder se libertar
O amor sem documento encanta a cutia
E em vão um juramento vai se derramar
Quer pro jacaré, abolição tardia
O fim do sofrimento que fere a gambá
Inerte num solo sem eira nem beira
Vendo cachoeiras fartas a secar
Eu não morro quieto com a moral rasteira
Sonho num encontro ver isso vai mudar
Rezei pra são joão de joelhos na esteira
Pra são judas tadeu eu rogo piedade
Que mande um milagre por trás do arvoredo
E a dor pra onde há felicidade