Do pé da serra do sertão pernambucano
Filho genial vingou nesse lugar
De januário a semente floresceu
Mesmo sem chuva pra sua terra regar
Quando asa branca foi embora
Quando a fome assolava o seu chão
Contrariando a posição que lhe cabia
Sua sanfona o fez rei do baião
O seu coração pulsava ao som da zabumba
Cantado em verso e alma esse baião
O seu som pintou essa aquarela nordestina
Ensinando o abc do sertão
Sabiá que antes cantava
Hoje não canta mais
Pra onde foi luiz
Pra onde foi o baião
Pra onde foi "lui"
Tá triste o meu sertão.
Composição: Plínio Fabrício