Um taco do sertão do meu Brasil
Menina dos olhos de Pernambuco
Não sei ao certo qual a tua origem
Custódia berço, minha mãe gentil
Terra onde pisou Lampião
Seu Jorge no rastro da chinela
Dos poemas de Sevy me lembrei
Com tia Ceiça minha primeira lição
De seu Florêncio os tiros de Bacamarte
A festejar as noites de São João
Devoto de “Padim pade Ciço”
Com seu Lunga aprendi um montão
Custódia prende meu coração
Saudade dos meus tempos de menino
Das feiras do parque de Adamastor
Das missas celebradas aos domingos
Do doce cheiro da Tambaú
Em Zé das Máquinas um bom filme eu vi lá
Ao som dos Ardentes eu dancei
Com Neta Góis conheci o bê abá
Terra de Ernesto Queiroz
Terra do mito Luizito, em seu Domingos
Na Casa Góis eu comprei
Um candeeiro, uma viola e um brinco
O brinco eu dei ao meu amor
O Candeeiro ao som de um sanfoneiro
A minha viola a lua quem contemplou
E a saudade aqui dentro do peito
Pra onde voou o carcará
De onde surgiu o cariri
Nos carnavais seu Joventino a brincar
No mela-mela ao banho de chafariz
Torrão do padroeiro José
Do ilustre Orlando Ferraz
De Totonho, Osório e Zé Florêncio
Do enfermeiro Antonio do Posto um ás
Zé Caboclo nessas bandas tocou
De Luiz Gonzaga a triste partida
No coração a saudade ficou
De lembranças da minha terra querida
Como poderia esquecer
Das oratórias de Dr. Pedro
Do meu vizinho Luiz Amaral, De Gerson Pinto
E Silvio Carneiro, Anfilófio e seu Chico Eugênio
Ilustres filhos Custódia é o berço
Composição: Plínio Fabrício