(pok sombra)
Dias de outono, folhas amareladas caem,
Eu envelheço mais cada vez que eu pego no sono.
No sonho, imagino um mundo surreal, fora do normal,
Nuvens em formato de espiral.
Um portal me levou pro lugar que eu queria,
Acordei com o travesseiro cheio de saliva.
Era outro dia, vinte do três, zero nove,
Aquele céu nublado eu me perguntando será que chove.
Não sei. vamo direto pro computador, fazer outro beat,
Tava morrendo de calor.
O nossile me ligou ? alô, onde tu tá? -
Tô no santuário, beat pronto, louco pra gravar. ?
Qual é, dá pra colar? ?
Dá, mas não rateia.
Vê se chega cedo, lá por umas duas e meia.
Minha mina vai chegar aqui mais tarde,
Não posso me amarrar tenho que levar ela na faculdade.
Longe pra caralho, lá nas banda do porto, me dá sono.
Só mais um dia de outono...
(nossile)
Aí pok sombra, cheguei, desculpa o atraso.
A hora que eu liguei tava lá do outro lado.
Na função do muay thai, acabei,
Saí tocado de freestyle eu deixei mais um som engatilhado.
Pela praça avistei uma flor cair no chão
E o cantar de um sabiá que me chamou muita atenção.
E o clima da estação, agradavelmente morno,
Esse é o toque especial de um dia de outono.
Refleti sobre o som, qual era o tema da vez,
Mais um love pras mina? ? não essa a gente já fez.
Descartei, relaxei, chego lá e nós decide,
Nada de imaginário mas também nada tão triste.
No caminho a pensar, tô indo de volta ao lar,
Retornei ao passado, comecei a relembrar
Do início, do início quando comecei a colar,
Do recado do pok me chamando pra entrar na kza.
Recusar impossível, um elo da corrente
Reforçando o que já era indestrutível.
Mais um elo da corrente
Reforçando o que já era indestrutível.