Suas mãos tocaram a pinta da lâmpada
E refletiu no calor do colchão
Chovia. A vidraça embaçou
Moedas tocaram o chão
Comeu a maçã proibida
E arregaçou a cortina amarela
Noites passou em claro
Ouvindo o barulho da chuva
Chovia forte, chovia.
Chovia na noite, chovia
Chovia forte, chovia
Chovia, chovia...
Seus pais seguiram caminhos contrários
E a esperança se escondia no armário
A maquiagem do rosto caíra
Nas sombras criadas na íra
Mas tudo ficou escrito nas tábuas
Que alguém recitou depois da cerca
Quando todos juravam por salvação
Expôs sua real fraqueza
Chovia forte, chovia.
Chovia na noite, chovia
Chovia forte, chovia
Chovia, chovia...
E seus pais não voltaram pra avisar
Que chovia forte, chovia.
Chovia na noite, chovia
Chovia forte, chovia
Chovia, chovia.