Limpei a cinza que caiu do céu, cinza que eu mesmo criei
Queimando um eito de cana
Guardei no saco as botas e luvas que por muitas horas usei
Queimando um eito de cana
Eito de cana, eito de cana
Botei na mesa a marmita e o foião que durante o dia eu usei
No meio de um eito de cana
Limpei a poeira da terra vermelha que na roupa encontrei
Que trouxe de um eito de cana
Eito de cana, eito de cana
E lá na roça dona Elza e seu Zé me contam causos e histórias de assombração
No meio de um eito de cana
Vi dona Vera e dona Ana amamentarem seus moleques de chapéu bota e foião
No meio de um eito de cana
Eito de cana, eito de cana
Vi seo Wilson enfrentar a cascavel que dava bote sem parar
No meio de um eito de cana
Tia Damares fez uns versos que a criançada aprendeu a cantar
No meio de um eito de cana
Eito de cana, eito de cana
Lá tem saci pererê... Lá tem saci pererê... Lá tem saci pererê...