Atenção no que eu falo
Faça o que eu digo e faça o que eu faço
Não de razão a quem te chama de irmão
Irmão de verdade não diz, faz
O hipócrita da teoria não sai
Da boca pra fora exalta você
E a sua real amizade, cadê?
Pelas costas crítica, apunhala, apedreja
Coloca defeitos dos pés à cabeça
Apertos de mão já não simbolizam união
Pois quando a casa caiu, caiu
A mão que eu apertei, cadê? Sumiu
Você viu? Não... seja imbecil
Mano de fé é um entre mil
Na ausência é latinha de bosta
Na frente “nossa, eu sou foda!”
Foda, uma ova, asa à cobra não dou
O idiota que deu sua cova cavou...
Mano de fé, é o mano de fé
Ra, ra, raramente há
Mano de fé, é o mano de fé
Mano, mano, mano de fé
Meu deus, como é que pode tamanha idiotice
Eu te disse, disse, disse: “preste atenção”
Será que a sua percepção
Pra notar quem é falso ou franco venceu
Pois chama qualquer um de amigo seu
Seu amigo, amigo seu... Acorda, meu
Pense bem, veja bem se alguém
Tem o que ele não tem
Joga olho-gordo, põe no perigo, tá fodido
Sua sinceridade é fogo de palha
É ciente que não deixa falha
Dinheiro na mão, ele no seu pé
Invertido o jogo ele diz: “qual é?”
Descartável deu trela pra cascavel
Fácil acesso à ilusão é o seu mal
Seja bem vindo ao mundo real
Mano de fé, é o mano de fé
Ra, ra, raramente há
Mano de fé, é o mano de fé
Mano, mano, mano de fé
Bem, bem, bem que eu falei
Passou a perna outra vez
Te matou moralmente sem dó
Oh, oh, agora está só
Tudo bem, você foi só mais um que eu vi
Até eu nesse conto de fadas cai...
Se engana a todos de fato...
Não sei por onde vem, se sente rei
Mas sei, mas sei, mas sei...
Mas sei qual é o seu trono
No reino dos falsos ele é patrono
Tem cabimento um ser tão nojento? Fique atento
Pois já não há em quem confiar
Amigo é coisa pra se guardar
Faça o que eu fiz, corte a raiz
Não dê confiança a esse infeliz
Eu vou montar uma arca de Noé
É só colocar...
Mano de fé, é o mano de fé
Ra, ra, raramente há
Mano de fé, é o mano de fé
Mano, mano, mano de fé