Políticos, cínicos, mal intencionados
Trabalham em conjunto com a besta do apocalipse
Ricos, egoístas e exploradores
Contra o povo acomodado e sonolento
O fim em forma de miséria cultural
Quadrilhas de banqueiros dominam o mundo
E o dinheiro é presidente supremo, domina tudo
Arruina nossos projetos, transforma o nosso caráter
Os meios de comunicação dão o tom da hipocrisia geral
Calem-se todos!
Eu lhe ofereço... bundas
Lhe ofereço a ignorância
Esses são os dias pesados e sujos
Todo dia cedo, toda noite tarde
Existe um desenredo, uma desigualdade
Mauricinhos, patricinhas soltos por aí
Desfilando como se aqui fosse a Sapucaí
Estou aqui pra ajudar a salvar os meus manos
Não quero mais humilhação pras minhas minas
Revolução na canção. São meus planos
Ponho o coração em ação nas minhas rimas
Veja bem, na câmara existem muitos putos
Roubam o povo na maior cara de lata
Se foi você quem colocou, eu sinto muito
Eles se complicam e o Rap, aqui relata
Preconceito de cor, meu doutor, faça o favor
Quero igualdade pra poder me expor
É o terror viver sem oxigênio, sem amor
Somos iguais na dor, agora tenha o pudor
Eu tenho o direito de ficar calado
E digo: desse jeito vai ser complicado
Não vou ganhar nada se ficar parado
Mas com a em dia vai ser embaçado
Trato das tretas, dos trutas que trincam
E enquanto uns não dormem, outros sonham ou brincam
No tempo, no vento. Atento, organizo o movimento, o silêncio...
Enquanto penso que clima tenso
Eu só comento o que estou vendo
Um som pesado e sujo pra você
Um som pesado e sujo pra você
Um som pesado e sujo pra você
Esse som é dedicado especialmente para você
Sujo, pesado, com outros requintes
Verso envenenado, prezado ouvinte
Tragédia, na certa, oito e meia na tela
Sem lógica, ano 2001 ter favela
Descaso, minha gente, do presidente
Propina pro coronel e o comandante
Uma mãe chora a perda de um filho
Nossa glória, cara, é também o índio
A mama África te fala: não venda negras
Meu coração clama: deus vença a besta
Você pode entender irmão, você percebe
Duras rimas, não aconselho aos moleques
Na calada a polícia te pára negrão
Pro muro, pro chão; puta mundo cão!
É carnaval, propaganda de mulatas
Estrangeiro cu se sacia com várias
Sujo e pesado, como vida de refugiado
James Lino, mais um soldado
Ergo minha espada, luto com fé
Se o gueto é nosso, chama os manos de fé
Sujo como pus, pesado como cruz, mano
Vejo a luz, deve ser Jesus, o santo
Por causa da droga foram vários, bastante
Quem faz a guerra é o pior fabricante
É fogo, sou um simples MC
Guerreiro da sul, sou assim, valeu zumbi
Um som pesado e sujo pra você
Um som pesado e sujo pra você
Um som pesado e sujo pra você
Esse som é dedicado especialmente para você
Apesar do que aconteceu, acontece e acontecer...
Vai um “que se foda” pra você
Um som pesado e sujo pra você
Esse som é dedicado especialmente para você
Que sempre quis ver o nosso fim
“Comediou” com meus aliados e comigo, sim
Por isso que eu te falo, otário, que o bicho aqui também pega
Para você que treme na rima, na idéia, não liga em deixar brecha
Fulano, ciclano e beltrano que atrapalham o hiphop
Que no passado e presente não tiveram nem um pouco de sorte
Pularam daqui, pularam de lá, camaleões do estilo
Cópias, xerox, sem estilo, ridículo
Essa vai especialmente pra você
Um som pesado e sujo pra você
Que não pagou a nossa grana, morô
Cinco anos, morô, cadê a grana, você nos roubou
Firmô, a intimada constou, se ligou
Como putos da vida, você nos deixou
À procura de trampo a todo o momento, tormento
Sem vaga pra pretos, lamento, tormento
É muita treta, truta, seu filho da puta
Pega essa grana suja e enfia na bunda
O tempo não pára e eu fiz essa pra você
Um som pesado e sujo pra você
Um som pesado e sujo pra você
Um som pesado e sujo pra você
Um som pesado e sujo pra você
Esse som é dedicado especialmente para você