As faces do relógio na parede do meu quarto,
Os fones de ouvido não me deixam ver
A hipocrisia concentrada.
E toda maquiagem não me deixa ouvir.
A grama do quintal ainda está crescendo
E eu estou morrendo cada dia mais e mais.
Eu me conso todo dessa monotonia
E essa vale menos que a bala que me mata.
Em todas ramificações mais um julgar
E no fundo desse túnel tem altar
Fico irredutível, paralelo à solidão
A mesma solidão, nostalgia à me matar.
Cerveja já me leva, não sou mais eu quem danço
As trevas desse ébrio, insist~encia de um moço tonto
As luzes da ciadade apagadas
Continuo caminhando sem hesitar.
Suas fotos já me deixam ver seus lindos olhos negros.
Verdes da imensidão, azuis do céu vermelho em vão.
Os rostos enquadrados, feições mal-encaradas
Fico aqui em casa sem nada pra fazer.
Em todas ramificações mais um julgar
E no fundo desse túnel tem altar
Fico inexorável, paralelo à solidão
A mesma solidão, nostalgia à me matar.