Assim será um latifúndio frio e sem graça
Que me invade como todo, que me mata com seu fogo,
Que me faz parecer ser menos do que sou.
Assim passar por uma pessoa que ninguém vai conhecer
Com seus olhos lindos, com seus seios fartos
Faz todo mundo querer te convencer
Num mundo estrangeiro, sórdido obsceno
Você vai se dar bem, pode acreditar em mim
Um mate gelado, o livro do lado
Não sabe mais o que fazer pra se animar
Tudo novo, utópica a resposta de um
Ser novo que não quer viver de novo
Sem um dono, como um toldo pra realidade
Assim morrer por um motivo que ninguém vai entender
Sem ter empatia, somente vai com todos
Aqueles que te fazem não querer viver
Assim andar por cima de pessoas que tem nojo de você
E tropeçar no nojo, blasfêmia desse logro
Com medo de alguém que não ama mais você
Assim pular de um prédio muito grande, muito grande pra você
E cair de cara no asfalto, acabar tudo no asfalto
E ver sangue jorrar do seu cérebro intelecto
Tudo novo, utópica a resposta de um
Ser novo que não quer viver de novo
Sem um dono, como um toldo pra realidade.