[Refrão]
Eu conheço muito bem as regras do sistema
Mais favela, menos escola, e muito mais cadeia
Nós somos vagabundos, é assim que eles nos chamam
Então muito prazer, que diamantes vem da lama
Porque, olha lá quem vem...
Olha lá quem vem...
Atento com quem vai, ligeiro com quem vem
Olha lá quem vem...
Olha lá quem vem...
Olha lá quem vem...
Atento com quem vai, ligeiro com quem vem
Olha lá quem vem...
Sai de baixo criança, presta atenção neném
É mais do que mensurado, cês nem imagina o que vem
Porém nas ruas do Pernambuco, Distrito Federal
Vagabundo morre surdo, cego, certo até o final
Sem caguetar pilantra, conhecedor do processo
Três e três não é cinco querido, o bagui é mais sério
Cês cresceram ouvindo Realidade, Racionais
Em meio á mortes e tiros, rotulados marginais
Tamo á milhão, é desse jeito mermo, o sistema que trema
Somos do gueto, pesadelo, toneladas de problemas
Pra uns nós somos escola, pra outros criminoso
Oh glória, outrora, seria eu nos calabouços
Evangelizando, levando a palavra, multiplicando servos
Nas cadeias, nas comarcas, nas pilastras do inferno, titio
Cês que me ouviu em várias fitas game over
O crime é pra bandoleiro nego, mesmo sendo podre
Mermo sendo o que é, é só pra quem é firme
Não batiza na emoção, que as camisa é dinamite
Pode crer que é dez, atacante veloz
Cautelosos fiéis, impiedosos aos algoz
E chora mermo covarde, sua hora chegou
Cê falou o que quis, infeliz, até mencionou
Que nosso RAP aprendizado, teórico á bandidagem
Se até num tá errado, conhecereis a verdade
E ele o libertará, eis a regra, simpático
Só não sabe que o RAP é como a luz do heliostático
Que por mim deu a vida e á dezenas de milhões
Cê jamais sonharia que aqui na selva os leões
Esmaga os vermes, fura os crânios, com balas de titânio
Eu sou o vírus mais que nocivo contaminando conterrâneos
É isso mermo fiote, tá em choque porque ?
Chamando as Mc Laren, pede seguro pra ter
Quem sabe oportunidade pra não morrer como safado
Aqui a transparência e lealdade é necessário
Olha lá quem vem...
Olha lá quem vem...
O Senhor é meus pastor, nada me faltará
Vigiai os meus passos, me conduzir ao passar
Em meio ao vale obscuro, pensamentos malignos
Semear pra colher frutos, divindade no espírito
Sou a prova mais que viva que o barato é mil grau
Por isso devo a vida ao RAP Nacional
Por original, porque não fenomenal
Sobreviver de atrocidades do sistema prisional
Sou mulher, sou mãe, sou guerreira, sou filha
Dessa pátria brasileira de solo indígena
Outra jazida vai ser ocupada
Bem vindo ao país que aqui é a polícia que mais mata
Agonizando tá na barca, outro inocente
Com dor de traca na cara na saída do shopping center
Joalheria em São Paulo é assim
Ladrão entra pião, já preparado para o fim
K-A-R-O, pra finalizar L
A voz que bate forte sem frescura, nem tiete
Pra comédia nenhum popstar embutido
Batido até passa, mas nunca despercebido
Não vai pra grupo lindo, achando que tá mamão
Sua cota expirou, vacilão
Liga nóis e dá um salvão do extremo sul ao norte
Realidade Cruel é meu manto até a morte, porque
[Refrão]
Eu conheço muito bem as regras do sistema
Mais favela, menos escola, e muito mais cadeia
Nós somos vagabundos, é assim que eles nos chamam
Então muito prazer, que diamantes vem da lama
Porque, eu conheço muito bem as regras do sistema
Mais favela, menos escola, e muito mais cadeia
Nós somos vagabundos, é assim que eles nos chamam
Então muito prazer, que diamantes vem da lama
Porque, olha lá quem vem...
Olha lá quem vem...
Atento com quem vai, ligeiro com quem vem
Olha lá quem vem...
Olha lá quem vem...
Olha lá quem vem...
Atento com quem vai, ligeiro com quem vem
Olha lá quem vem...