Não há sombras nem piedade
Somente as coisas e suas vontades
As coisas que coisam e cumprem sua função
As universidades que ensinam o caminho que não tem
direção
São sempre os mesmos atos as mesmas situações
estúpidas
A sociedade ignora reciprocamente o que a ajuda
Não há vento nem paisagem
No monastério dos exilados
Não há sons nem beleza
No monastério dos exilados
Não há palavras a serem ditas
No monastério dos exilados
Não há frases benditas
No monastério dos exilados
Onde há desprezo das ordens do rei que quer acabar com
o pais
Onde a destreza dos maus intencionados e enorme
Onde a raiz do mal, esta sempre aqui
Exilados mandados embora de seus próprios sonhos
Que hoje não sonham em poder sonhar
Exilados no pais das maravilhas
Sonhando em nunca mais poder voltar
Todo dia nos exilamos um pouco do mundo
A noite quando abraçamos o travesseiro
Toda noite esquecemos os absurdos
E vivemos em uma noite
Um ano inteiro