Abre a porteira
Donaldo Santos Jr.
Abre a porteira
Que eu tô entrando,
Eu tô chegando
Do estradão, eu tô voltando
Da grande cidade,
Vim matar saudade
Do meu sertão...
Da mata verde,
Manga e goiaba,
Laranja que mata a minha sede,
Rever e dar um abraço nos amigos,
Que me esperam aflitos
Pela novidade...
Na cachoeira,
Quanta beleza;
Com a água
Clara que vem da fonte.
Banha meu corpo
Lava minha alma
De toda maldade
Que vem da cidade...
E no baião eu pego uma velocidade,
Eu tenho aqui o que eu n tenho na cidade,
O vento puro que refresca o meu rosto
Isso sim é que dá gosto,
Tenho toda liberdade...
Pela campina o galope tem vontade, de ser eterno como
a felicidade,
Mais tal e qual o galope tem o seu fim
E eu volto só de trote
Pra sede que já é tarde...
E nos braços do meu amor,
Vemos o sol lá no poente,
No aconchego manso dessa rede
Recupero a minha força na beleza dessa gente.