Caminhando contra o tempo, passeando por minhas recordações
Num tempo em que eu tomava baré tutti-fruti
Enquanto tantos se envergonham
Do passado, um passado que mora ao lado
Do lado de dentro das minhas emoções
Sou criança: menino bonito, ai. Menino bonito, ai
Irritantemente adorável
Das lembranças que tenho de meu pai
Sou o filho que ele sempre quis ter e ver crescer
-Vai trabalhar, meu filho, vai! / -Vai trabalhar , meu filho.
Pai, o mundo não é meu nem seu.
Você não disse que a velhice iria nos perseguir por toda a vida
até que ela me encontrasse
Ah, se todos se perguntassem quantos anos têm
Saberíamos de pessoas com mais de cem.
Tenho saudade cansada dos problemas que eu já resolvi
tenho saudade de casa, cada caso um reflexo de si
tenho saudade da rua onde cresci e sentia um pouco de medo.
Hoje toneladas de ódio asfaltam meu primeiro segredo.
Quem não tem medo, meu amigo, do inimigo do tempo?
Que faz com que o vento
sopre em nossas caras a verdade de que tudo passa
Somos a massa da poeira estelar Somos a massa da poeira estelar
Somos a massa, a massa. Que Massa!
Hei de confessar que eu
tenho medo daquilo que entope a aorta
eu tenho medo de quem se esconde atrás da porta
e não quer entrar
Somos a massa da poeira estelar
Tudo porque a idade chegou
O peso da idade chegou, meu pai
Tenho saudade cansada dos problemas que eu já resolvi
tenho saudade de casa, cada caso um reflexo de si
tenho saudade da rua onde cresci e senti um pouco de medo
Hoje toneladas de ódio asfaltam meu primeiro segredo.
Meus cuidados te roubaram meu passado, pequeno.