Durmo, me confundo
No meu sonho com as palavras
As palavras a fugir, que já não querem construir
Nem tampouco dizer nada
Eu não posso ser formal, pois das palavras trato mal
O que eu quero é ter calma
Livre, nenhum “ismo”
Nem por isso eu sou nada
De manhã fazer café, ligar pro Zé “qualé” que é
Na revista o meu signo
Quando o sol se esconder o que eu quero é ver TV
A novela que eu assisto
Palavra concreta
Palavra embolada
Palavra obscena
Palavra bonita
Palavra confusa
Palavra machuca