Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrate o meu amô
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrate o meu amô
Um dia desses fui dançar lá em pedreira
Na rua da golada e gostei da brincadeira
Zé caxangá era o tocadô
Mas só tocava pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrate o meu amô
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrate o meu amô
Seu serafim cochichava a mais gió
Sou capaz de jurá, nunca vi forró mió
Inté vovó garrou na mão de vovô
E disse, embora meu veinho vamos pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrate o meu amô
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrate o meu amô
De madrugada zeca caxangá
Disse ao dono da casa
Não precisa nem pagá
Mas por favor, arranje outro tocadô
Que eu também quero pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrate o meu amô
Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrate o meu amô
Mandacaru quando fulora na seca
É um sinal que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjoa da boneca
É sinal de que o amor já chegou no coração
Meia cumprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir timão
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar
De manhã cedo já pintada
Só vive suspirando sonhando acordada
O pai leva ao doutor a filha adoentada
Não come, não estuda, não dorme
Não quer nada
Mas o doutor nem examina
Chamando o pai de lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
E que pra tal menina
Não tem um só remédio
Em toda medicina!
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar