Tô que tô no fundo da garagem
Um alvo do pó e da fuligem
Esquecido pela malandragem
Essa gente pensa que me atinge
Graças a uma pedra na vidraça
Quando a chuva cai eu arrebento
Os pingos sincopados na minha pele
Lembram os bambas do meu tempo
E eu fico aqui tomando chuva
Os dias vão tamborilando em mim
Sem querer eu faço esse samba
Gotas sobre um velho tamborim