Doutor olha a tristeza na face do povo
Mas o Rio se ergue de novo
Através de mutirão
São Sebastião, o padroeiro
Abandonou o meu Rio de Janeiro
Logo após o carnaval
Não foi legal
Senhor perdoa se estou pecando
Mas o meu samba vou cantando
Em forma de oração meu santo bom
Confesso que lembrei de meia-meia
Quando a coisa ficou feia
E perdi meu barracão, no Jamelão
Só lágrimas
Lágrimas nos olhos do poeta rolavam
Em meio à tempestade que a tudo devastava
E cada barraco que caia
Sonhos diluíam em gotas d’água
Tristeza não faltava no meu Rio de Janeiro
E o povo, como estava sofrendo
Quando eu pensava que o sol ia surgir
Continuava chovendo