Oh mãeinha . . . cê fala pro painho que eu não quero voltar
Cansei de passar fome vou morrer lá pro Sul
Vou pegar umas ondas lá pro lado de Santos
Vou tocar reggae sobre as ondas do mar
Vou cantar o naufrágio de nosotros navio
Abra as portas do céu para mim
Pois estou sofrendo muito e quero ficar aqui
Vivo viajando pelo mundo dos Deuses
Espero que você tome um ônibus hoje
Erga a poeira e sinta aquela sensação
Prenda essa fumaça e sinta tudo esverdeando
Mas que calor que está aqui no meu sertão
Que brota fome, não tem chuva não tem não
Oh Governador, Meu Deus do céu sou brasileiro
Vou pra Sum Paulo comer bem e Ter dinheiro
Meu Deus que é pela terra e pelo sangue
Sou Nordestino do Brasil mais brasileiro Oh mãe
Milles sonhos que partem da cabeça de nosso próprio pensar
Enquanto se há esperança e tudo que vai ou que volta, que sobe ou desce um dia virá
A sorte pra mim
Como minha mãe já falou
São vidas que foram traídas
Que estejam em paz
Morreram na seca indígena
Iguais, iguais a você que vai morrer por amor Oh mãe
Eu nasci foi pra sofrer
Não vou mais chorar
Procuro entender
Que a cada temporada
Eu vivo em um porque