Soca no pilão
Preto velho mandingueiro
O negro que virou ouro
Lá nas terras do salgueiro
História
Beirando a poesia
Lenda, sonho e fantasia
Abissínia, arábia
A natureza é tão sábia
Um quê de malícia
Trouxe esta delícia ao pará
Dizem então, dizem então
Que foi a terra
O sol, este luar
Que o fez se apaixonar por este chão
E se espalhar feito um mar
Da cor da raça
Cheiro e sabor (sabor)
Gostoso como um beijo de amor
O ciclo do café era a riqueza
Fausto e luxo da nobreza
E suor da escravidão
Sonso, vira vício e rotina
Filosofia de esquina
Cafezinho no balcão
Tem até quem admite
Que ele dá bom palpite
Na loteria popular
Cadê o bom café, foi viajar
Onde andará... Eu sei lá!