Caminhando em ruas tortas
Caio em um degrau
Olho machucado
Tudo finge ser tão real
Mas já nem ligo mais
Vejo precipícios onde não tem
Vejo escadas para o além
Se acaba tudo agora
Agora
Cicatrizo minha emoção
Pondo as feridas à mostra
Vejo todo o meu tempo indo embora
Em um ritmo trivial
Tudo é natural
Flutuando em serenidade
O silêncio tende a me acalmar
Olho anestesiado
Tudo finge ser tão real
Queria eu poder merecer
Navegar em águas claras
Navegar em águas calmas
Se acaba tudo agora
Agora
Martirizando ao som de choro
Me enlouquece saber que não mereço
Olho angustiado
Tudo finge ser tão real
Queria eu poder justificar
Não estar a mercê das sombras
Não estar a mercê das cobras
Se acaba tudo agora
Agora
Cicatrizo minha emoção
Pondo as feridas à mostra
Vejo todo o meu tempo indo embora
Em um ritmo trivial
Tudo é natural
Composição: Caio Augusto dos Santos Marques