Lavei meu coração com água do mar
E hoje mais feliz no alvorecer
A tarde cai, o dia vem
Não me dê o direito de sofrer
No emaranhado da vida
O trunfo na manga está sempre guardado
Não vou nem atrás nem na frente
O meu caminhar faço sempre ao seu lado
Na hora de roer o osso
Tu podes deixar o tutano pra mim
Mas quando chegar o filé
Faça ele com fritas que estarei afim
Lavei meu coração com água do mar
E hoje mais feliz no alvorecer
A tarde cai, o dia vem
Não me dê o direito de sofrer
Se hoje venceu o aluguel
Não fujo da raia e separo o da luz
Amanhã rango na mesa
Galeto comprado no bar do Jesus
Pra concretizar a certeza
Que vivo na paz e estou sempre contigo
Trabalho num plantão dobrado
Pra não faltar nada e manter nosso abrigo
Lavei meu coração com água do mar
E hoje mais feliz no alvorecer
A tarde cai, o dia vem
Não me dê o direito de sofrer
E quando estiver diferente
Olhando pro chão e com a nuca na lua
Você com seu jeito inocente
Vem para costurar minha vida na sua
Clareia, me cura com dengo
Traz pela janela o sol pra nossa cama
Meu bem, quem rezar para chover
Não pode se esquecer que vai pisar na lama