Fala de manso que logo adormeço
Enternecido pela tua voz
Preciso da paz que hoje eu mereço
E desse amor que se apressa em nós
E canta para mim um cantochão
Solene, vivo intenso como este momento
Porque nem só de luta somos feitos
Repousa minha carne de uma vez
Enche meu cântaro com tua água fria
De minha sede vem me libertar
Me atemoriza com o boi da cara preta
Bicho-papão não corre de mim não
E canta para mim um cantochão
Solene, vivo intenso como este momento
Porque nem só de luta somos feitos
Repousa minha carne de uma vez
Que só assim vou dormir de novo
Me dorme de novo, não me acorde, me dorme
Eu vou sonhar com o mar em tuas mãos
Pacifica o suor de minha fronte
E canta para mim um cantochão
Solene, vivo intenso como este momento
Porque nem só de luta somos feitos
Repousa minha carne de uma vez
Me lembra das cabras e dos verdes prados
Me pensa que um dia eu fui pastor
Me dá cajado e fonte de água pura
Nessas veredas escuras o mal é vão temer
E canta para mim um cantochão
Solene, vivo intenso como este momento
Porque nem só de luta somos feitos
Repousa minha carne de uma vez
E canta para mim um cantochão
Solene, vivo intenso como este momento
Porque nem só de luta somos feitos
Repousa minha carne de uma vez
E canta para mim um cantochão