Cuido de avenca e capim
Tenho mato, tenho alecrim
Tudo que viver é jardim que Deus semeia
Os amigos perto de mim
Minha casa de pau-marfim
Se não ligo, come o cupim por sobremesa
Um só ipê amarelou longe da estrada
É ouro só na vastidão de uma paisagem
O coração que esconde o próprio desamparo
Quem poderá abrandar sua solidão
Samambaia deu no xaxim
Venha cá e conta pra mim
Pode ser feliz quem não tem amor perfeito
Molho dia não, dia sim
Rezo pra chover no jasmim
Que a saudade aperta é no fim de um longo estio
Um só ipê amarelou longe da estrada
É ouro só na vastidão de uma paisagem
O coração que esconde o próprio desamparo
Quem poderá abrandar sua solidão
Um só ipê amarelou longe da estrada
É ouro só na vastidão de uma paisagem
O coração que esconde o próprio desamparo
Quem poderá abrandar sua solidão
Olha pro céu, olha pro chão a vida inteira
Olha o que nasce e o que morre em seu coração
O girassol me diz, a tarde é passageira
Inda mais breve é o perfume e a flor do limão
Olha pro céu, olha pro chão a vida inteira
Olha o que nasce e o que morre em seu coração
A vida é frágil mesmo numa amendoeira
Mas o jardim viverá para os que virão
Para uma paixão não ter fim
Vale amor no chão, no cetim
Pão amanhecido é pudim na geladeira
Coração, amigo e jasmim
Cuido com desvelo sem fim
Porque nunca sei, ai de mim
O que é mais carente
Um só ipê amarelou longe da estrada
É ouro só na vastidão de uma paisagem
O coração que esconde o próprio desamparo
Quem poderá abrandar sua solidão
Olha pro céu, olha pro chão a vida inteira
Olha o que nasce e o que morre em seu coração
O girassol me diz, a tarde é passageira
Inda mais breve é o perfume e a flor do limão
Olha pro céu, olha pro chão a vida inteira
Olha o que nasce e o que morre em seu coração
A vida é frágil mesmo numa amendoeira
Mas o jardim viverá para os que virão