Morre um inocente na esquina
Na fronteira da violência impura
Não aprendeu a dizer: te amo
Mas já tem revólver na cintura.
Vi um filho teu entregue ao vício
Preso num delírio artificial
A buscar respostas onde não tinha
Deus me livre e guarde deste mal.
Corre um falatório pelas bocas
A contaminar teu semelhante
São teus próprios erros que condenas
Teu passado, teu futuro, teu presente.
Tuas casas perdem cara e alma
Viram uma prisão domiciliar
Onde estão teus mates nas calçadas?
Teu abano, teu sorriso, teu olhar...
Camelôs, bicheiros, mil artistas
Fotografam tua realidade
Pobres parias, nação desprezada.
“Ó Pátria amada idolatrada Salve! Salve!
Senhora Santana
Vem e salva Uruguaiana