Eu sou um livro aberto sem histórias,
um sonho incerto sem memórias,
Do meu passado que ficou.
Eu sou um porto amigo sem navios,
um mar abrigo a muitos rios,
eu sou, apenas, o que sou.
Eu sou um moço velho que já viveu muito,
que já sofreu tudo e já morreu cedo.
Eu sou um velho moço que não viveu cedo,
que não sofreu muito e não morreu tudo.
Eu sou alguém livre.
Não sou escravo e nunca fui senhor.
Eu, simplesmente, sou um homem
que ainda crê no amor.