Eu sou o olho que espreita sorrateiro entre os caniços
Do quintal da dona Maimuna os corpos lascivos e reluzentes
Eu sou a mão que batuca e que esfrega teu corpo no chão
Sou o sonho das pretas rebolando
Dançando Marrabenta
Vem pra roda
Gira o corpo
Mãos nas ancas
Senta embaixo
Xitchuqueta Marrabenta Mayo!
Vem pra roda
Tira sapato
Levanta poeira
Senta embaixo
Reinventa Marrabenta Mayo!
Eu sou o pé que varre o chão
O pavor da solidão
Afugento a escravidão
Sou o pobre e sou o pão
Eu sou o pé que varre o chão
O pavor da solidão
Afugento a escravidão
Sou o sonho da canção
Vem pra roda
Gira o corpo
Mãos nas ancas
Senta embaixo
Xitchuqueta Marrabenta Mayo!
Vem pra roda
Tira sapato
Levanta poeira
Senta embaixo
Reinventa Marrabenta Mayo!
Marrabenta é nossa história
Nossa tradição
Vem do povo que nunca esquece
É o canto da nação
Nosso samba
Nosso carnaval
É cultura de homem pobre
Com nobreza no coração
Vem do bairro e traz o sonho
De crescer e se revelar
Se revelar
No mundo da canção
Vem pra roda
Gira o corpo
Mãos nas ancas
Senta embaixo
Xitchuqueta Marrabenta Mayo!
Vem pra roda
Tira sapato
Levanta poeira
Senta embaixo
Reinventa Marrabenta Mayo!