Joana não aguenta mais driblar a fome
Não pede arrego, em prece, àquele nome
E o sol tinindo, tão surreal
João em prol da fome já trabalha duro
Alçar do chão os sonhos e os muros
Que um dia Shiva levou
A vila anda descalça
Sem veste e sem a valsa
Sem brilho, bem opaca
Mas quem irá? Quem irá fazer?
Me diz, João: "Quando é que nóis vai ter um teto e um chão? "
Promessas se estendem do Brasil à Holanda
Simples casinhas feitas com varanda
Simples promessas, nada mais
Balelas de uma vida bem completa e boa
Enche a pança de esperança à toa
E incha o bolso de quem não quer amar