Pra variar o sentido das palavras
Pra machucar, basta eu falar
Pra eu tapar o buraco dessa alma
Ou vomitar carências afiadas
Não vá esquentar com o que já esfriou
Pra eu congelar o teu coração na mão
Você não sabe como eu acordei
Tampouco se eu fui dormir
Você não viu o sol amanhecer
E avermelhar a última canção
Eu vou entrar que a brisa já esfriou...
Pra sustentar o engano das amarras
Pra arranhar, faça eu falar
Pra eu tirar o peso da leveza
Ou amolar tristezas afiadas
Não vá empurrar o que já equilibrou
Pra eu derrubar o teu coração no chão