Onde vejo o mundo, nuvens são guardiãs da Terra.
Vezes sorrindo e dançando. As vezes chovem.
Onde vejo, as ondas do mar lembram tempo infindo
Aos homens visitantes: Os admirados.
Onde vejo o mundo, o mar é verbo transitivo,
No movimento da vida; tolos, nem reparamos.
Onde vejo, gaivotas vêm à beira mar
nos dizer que não somos donos do lugar.
Onde vejo o mundo, montanhas, grandes seios.
Excitam-se ao céu, se aquecem ao sol
E se enlouquecem com os temporais,
Pra lembrar aos homens. Terra é mãe! A Terra é mãe!
Terra é mãe!
Onde vejo o mundo, homens são meninos
Brincam de Humanidade. Brigam tempo todo,
Só pra definirem as regras do jogo.
Onde vejo, crianças-sábias deformamos
A sermos dominados pela beleza de crescer.
Onde vejo o mundo, dias amanhecem
E temos outra chance de felicidade
Onde vejo, há esperança de se perceber
o que não tem palavras, o que não se vê.
De nos perdermos mais, muito-mais, de nós mesmos,
E sermos encontrados pela vida! pela vida! pela vida!
Onde vejo o mundo.........