Ainda ontem quando usava couro como roupas
Penas como ornamentos
E desconhecia cercas, arames e os fios falantes
Não tínhamos em meu povo uma palavra
Para eu ou meu, mas apenas para nós e nosso
Também éramos educados no silêncio
E aprendíamos principalmente pela observação
Hoje vejo as crianças serem educadas
Na tagarelice e adultos tagarelarem o tempo todo
Vejo crianças com o ímpeto do "eu - meu"
E adultos que não percebem Deus. termos "eu - meu"
São formas de manifestações do eu menor
Amam a tagarelice, portanto não escutam
Termos como "nós - nosso"
São formas de manifestações do eu superior
Amam o silêncio porque gostam
De ouvir a mente universal
"eu - meu", são termos do relativo e não do absoluto
Quando se está preso no "eu - meu"
Não se percebe Deus e por não percebê-lo
Surgem as preocupações, os receios e os medos
"nós - nosso", são termos do absoluto e não do relativo
Quando se goza da liberdade do "nós
Nosso" se sente Deus em cada instante
Em cada respiração, em cada batida de seu coração
E por percebê-lo é despreocupado, seguro e corajoso