Sagrada mãe terra, as árvores e a natureza
São testemunhas dos teus feitos e intentos
Nós amamos em silêncio e não tememos
Quando os bosques farfalham com os ventos
Wakan tanka, grabde mistério, senhor divino
Obrigação do homem é honrar a natureza, fruto da criação
A raça branca tudo destrói, é o ter na razão do desatino
O índio nunca destrói nada, é o ser do espiritual sempre em oração
Usamos galhos secos de árvores caídas, em respeito ao bosque vivo
Brancos destroem florestas, matam os rios, desequilíbrio e destruição
A arvore diz: estou viva, não me fira
O branco insensível, a corta e a joga no chão
A pedra diz: estou viva, não me fira
O branco insensível, no rochedo faz grande explosão
O estado de equilíbrio é necessário a toda casta de espírito
Para sentir wakan tanka, atingir a integração
Sagrada mãe terra, as árvores e a natureza
São testemunhas dos teus feitos e intentos
Nós amamos em silêncio e não tememos
Quando os bosques farfalham com os ventos
O coração do homem branco distante da natureza, se empetrificou
Total falta de respeito pelas coisas vivas e até pela humanidade
De mistificado para o desesperançado, o ânimo indígena chegou
Como será que se sente a mãe terra, adiante desta insanidade
O grande espírito a fez, cuide dos meus filhos, ele ordenou
Que um não fosse mal ao outro, que tenham amor e intimidade
A mãe terra lhe deu boa água, ervas e alimentos, tudo que precisou
O branco se esqueceu de Deus, busca o ter, vive em maldade
Só pensa em si mesmo, desconsidera tudo, grande danos já causou
O indígena voltado ao grande espírito, sofre com a fidelidade
Mas há leis que fazem exigências, plantar é livre
Mas colher só o que semeou
De quem será a recompensa, do que mentiu ou do que viveu na verdade?
Sagrada mãe terra, as árvores e a natureza
São testemunhas dos teus feitos e intentos
Nós amamos em silêncio e não tememos
Quando os bosques farfalham com os ventos
Homem branco, ouça os espíritos do céu, da terra e da floresta
Nas palavras de um espírito indígena que fala pela intuição
Todas as criaturas provem do alto, se mostra inteira e sem fresta
Os fios de nosso destino tecido e bem firmes na suprema mão
Verteu em nosso espírito a centelha divina, que é a tua consciência
Viver correto para o retorno ao jardim da luz, esta é a questão
Nascerá neste mundo muitas vezes, teus atos é de pouca vivência
Age apenas pela razão, despreza a voz de Deus no teu coração
Limpa tua alma de tudo que é terreno, isto é apego, baixa freqüência
A centelha divina se manifesta, te mostra o caminho para a tua ação
Dentro dos conformes do pai, assim agindo terá boa procedência
Atuação pela atuação é erro, embarga os efeitos da divina irradiação
Vem do teu intelecto, falta o espiritual
É fria, nela não há esperança
Atuação pela não atuação é a luz espiritual, a perfeita manifestação
Atuação pela não atuação, homem branco, é a maior bem aventurança
Enquanto se julgar sábio, não compreenderá esta forma de atuação
Pois exige muito trabalho, desenvolver o sentir com constância
Os segredos contidos na natureza, se apresentam na contemplação
Observe a mudança do dia, da noite, do sol, da lua e do firmamento
Observe as passagens das estações na terra, frutos e flores crescendo
Percebe que todo dia é dia sagrado, percebe este ensinamento?
Dedicar a Deus um só dia na semana, retarda o amadurecimendo
É o íntimo contato com a luz maior, que lhe trará crescimento
Portanto, todos os dias sendo sagrado, para o espírito é fermento
E o respeito por toda forma de vida, já é um espírito agradecendo
Sagrada mãe terra, as árvores e a natureza
São testemunhas dos teus feitos e intentos
Nós amamos em silêncio e não tememos
Quando os bosques farfalham com os ventos