Vou cantar uma toada
Que fiz com inspiração
Para homenagear
O meu pai de coração
Na voz desses toadeiros
É Zé Cícero Forrozeiro
Ao lado de Damião
Vou deixar por recordação
E vou contar seu passado
Nasceu no ano 40
Em Alagoas o estado
Filho de Zeca e Ana Elidia
Por Ciço Dodó chamado
Botava cavalo em gado
Quando ele era rapaz
Mas hoje aos 80 anos
No campo não anda mais
Recorda o tempo chorando
O que a velhice faz
Na vida sofreu demais
Quando ele era vaqueiro
Era empregado em fazenda
Meu pai também foi carreiro
Nas terras alagoanas
No seu torrão verdadeiro
Fazia repente ligeiro
No gado dava vapor
Cantou com Josa Vaqueiro
E Manezão Aboiador
Nos taiados dava grito
Pegava touro esquisito
Dos mais bravos corredor
No lugar que se criou
Deixou saudade demais
Deixou saudade aos amigos
Moça, mulher e rapaz
A vida mudou seus planos
Mas seu torrão alagoano
Do pensamento não sai
O passado não volta mais
Mas se voltasse eu queria
Voltar pra minha Alagoas
Terra que tive alegria
Resta somente a saudade
Pra me lembrar hoje em dia
Eu fiz essa poesia
Com dom que Deus
Me ensinou
Para homenagear
O meu pai Ciço Dodó
Com idealismo humano
O vaqueiro alagoano
Que no sertão se criou
Com idealismo humano
O vaqueiro alagoano
Que no sertão se criou