Bebida não cura paixão de ninguém
Me disse o poeta e eu compreendo
Eu não sou poeta, mas tenho paixão
E é o remédio que eu recomendo
Se está na fossa por uma mulher
Não procure outra, não dá resultado
A paixão de uma a outra não cura
Você corre o risco de sofrer dobrado
Procure um litrão, esqueça do mundo
Não é vagabundo quem vive atolado
Me sinto mais homem com oito ou dez canas
Esqueça a fulana, tá tudo acabado
Eu não sou boêmio nem sou um perdido
Mais tenho paixão, mais eu zombo dela
A paixão me serve como estimulante
Pra tomar mais uma branca ou amarela
A mulher que um dia me abandonou
Não sabe o bem que ela me fez
Se eu me lembro dela eu bebo mais uma
Como não esqueço eu bebo outra vez
Procure um litrão, esqueça do mundo
Não é vagabundo quem vive atolado
Me sinto mais homem com oito ou dez canas
Esqueça a fulana, tá tudo acabado