Ele falava com calma e até mesmo
Cantava, quando era hora de cantar,
Mas cada ouvido que ouvia perguntava
Até quando você vai cantar?
Ele sorria com fé, seu sorriso de dentes
De lábios molhados e gengivas ardentes
Mas cada rosto indagava em eterna vigia
Até quando a alegria?
Ele chorava em silêncio
Quando a vida obrigava
E o fogo dos olhos jamais escondia,
Mas cada rosto presente
Nunca se impressionava,
Até quando a agonia?
Ele amava bastante e era verdade
A seu jeito ele era fiel,
Mas isso era tão velho,
Era tão sem valia,
Que ninguém sabia.