Eu vou ser como a toupeira
Que esburaca
Penitência, diz a hidra
Quando à seca
Eu vou ser como a gibóia
Que atormenta
Nao há luz que nao se veja
Da charneca
E nao me digas agora
Estás à espera
Penitência diz a hidra
Quando à seca
E se te enfias na toca
És como ela
Quero-me à minha vontade
Nao na tua
O hidra, diz-me a verdade
Nua e crua
Mais vale dar numa sarjeta
Que na mao
De quem nos inveja a vida
E tira o pao