Alice sem país da maravilhas - A286
Ela não vai ganhar o vestido pro aniversário, sem
Bolo,
Não existe parabéns, flor do namorado novo.
Alice tem o sonho diferente das outras mulher,
Faz parte da vida né, sabe como é.
Traz a frieza na seqüela da infância sem boneca,
Ursinho, bicicleta, Dvd da Bela e a Fera.
Se enquadra nas de oito que Barbie já não quer mais,
Que teve o hímen estourado na rola do próprio pai.
Seu peito é gelo que não se derrete em rosas
Vermelhas,
No café da manhã, não quer carta de amor na cesta.
Invés da telemensagem prefere um estrangeiro,
Com fantasia, com menor e com muito dinheiro.
Quantas mão, o feto na barriga teve a formação
Rompida,
Sob pedido de Alice na bica da amiga.
Odeia quem opta gestação completa descuidada
E gera outro doente com deformação na cara.
Que é desde o parto descriminado até pelo doutor,
Com o destino selado infeliz no mar de dor.
O amor de mãe trocado pelo desejo físico,
Que faz o filho trabalhar pra sustentar seu vício.
Alice, não teve sorte, não foi feto abortado,
Nem na porta da maternidade abandonado.
Agradece a Deus em oração pelo sexo feminino,
Pois foi isso que a salvou da fome sem registro.
(Refrão)
Ainda não acabou, eu não vou chorar,
Se o beija-flor tem espinhos, que me mata.
Só eu sei que eu passei, o que trago na alma.
O amor, só extrai
Lágrimas.
Descolou que existe uma tal de cirurgia
Que restaura o hímen da vagina,
Se imagina rica com os brinco de ouro e blazer,
Pois quantos já viu procurar virgem menor de 13.
Nos perfil, canadense, doutor, empresário
Que se pá até vai com aliança de casado.
Estereótipo, dos que quer Orkut noite e dia,
Participante das comunidades de pedofilia.
Ela não nega que já tentou parar,
E o que não como escapar
O tempo te ensina a gostar.
Sem escola pra estudar, nem ter pra onde ir,
Quem nunca ouviu falar de professor o mundo se limita
Aqui.
Não quis os dólar, traficando droga na vagina,
Temendo a cadeia superlotada feminina.
Que quando não mata sem assistência médica,
Tranca a menina de 15 com 30 homens numa cela.
Conheceu o caráter verdadeiro do polícia,
Quando soube que por lucro o cú filmou o estupro da
Menina.
Se pôs no lugar, resgatando a lembrança,
Do pai te estuprando em frente à mãe quando criança.
Que o ódio em dor, mas este dia te ajude a vencer,
Erga a cabeça, enxugue as lágrimas, pois não há o que
Fazer.
Graças à Deus o vício da sua mãe não deformou seu
Corpo,
Que hoje cada transa por noite rende 10 conto.
(Refrão)
Não bastou a herança do preconceito machista,
Num mundo contraditório, desigual e racista.
A mesma que gera, um dia cria, te faz homem,
E traz a chaga da discriminação na história sem nome.
Não bastou, Deus não se conformou e no seu caso
Mesmo a um passo dos pulso cortado ainda faltou algo.
É o que muitas vezes a fazia confusa sem entender,
Se Deus quisesse ver eu morrer, pra que me faria
Nascer?
Nas crise depressiva, sua mãe por Aids consumida,
Alice dizia ser a única benção da sua vida.
Recorda aos 3 de idade invés do balanço no parque,
Rindo, com copinho imitando a mãe fumando crack.
Fiel à sua cultura que as palavra da mãe louca,
Com cola no saco plástico, do nariz à boca.
De saia e mini blusa, cheia de cicatriz,
Toda mulher puta nem que seja de um homem só diz.
Conhece caso de quem fugiu com os filho,
Cansada de abrir o supercílio na mão do marido.
Acha mais digno o anúncio do seu programa,
Que a revista que uma puta pelada que paga de santa.
Alice? ainda nasce às margens da sociedade,
Sem rosas, sem paisagens, flores na maternidade.
A única certeza: o fim sem choro, funeral,
É que te lembra que o efeito do esquecimento é fatal.
(Refrão)