Me lembro daquela fogueira
Em volta dela as cadeiras
Sentado ali a noite inteira
Prestando muita atenção
Eu quieto sem dar um pio
Sentindo medo, arrepio
Com as histórias de assombração
Me lembro daquela fogueira
Em volta dela as cadeiras
Sentado ali a noite inteira
Prestando muita atenção
Eu quieto sem dar um pio
Sentindo medo, arrepio
Com as histórias de assombração
Quando tinha lua cheia
O meu medo era maior
As histórias que contavam
Eu já sabia de cor
Quando tinha lua cheia
O meu medo era maior
As histórias que contavam
Eu já sabia de cor
Era mula sem cabeça
Lobisomem, saci
Existiram no meu mundo
Pois com eles convivi
Era mula sem cabeça
Lobisomem, saci
Existiram no meu mundo
Pois com eles convivi
Hoje já ninguém mais fala
Da pobre alma penada
Que assustava todo mundo
Lá na encruzilhada
Eu até sinto saudade
Do tempo de assombração
Hoje elas são assombradas
Pela civilização
Hoje já ninguém mais fala
Da pobre alma penada
Que assustava todo mundo
Lá na encruzilhada
Eu até sinto saudade
Do tempo de assombração
Hoje elas são assombradas
Pela civilização
Eu após todo esse tempo
Mais vivido, mais ativo
Não tenho receio dos mortos
Mas muito medo dos vivos
Eu após todo esse tempo
Mais vivido, mais ativo
Não tenho receio dos mortos
Mas muito medo dos vivos
Era mula sem cabeça
Lobisomem, saci
Existiram no meu mundo
Pois com eles convivi
Era mula sem cabeça
Lobisomem, saci
Existiram no meu mundo
Pois com eles convivi
Era mula sem cabeça
Lobisomem, saci
Existiram no meu mundo
Pois com eles convivi
Era mula sem cabeça
Lobisomem, saci
Existiram no meu mundo
Pois com eles convivi
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)