Deixa a cidade formosa morena
Linda pequena e volte ao sertão
Beber a água da fonte que canta
Que se levanta do meio do chão
Se tu nasceste cabocla cheirosa
Cheirando a rosa do peito da terra
Volta pra vida serena da roça
Daquela palhoça no alto da serra
E a fonte a cantar
Chuá, chuá
E as águas a correr
Chuê, chuê
Parece que alguém
Que cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer à saudade
No meio das águas rolando também
E a fonte a cantar
Chuá, chuá
E as águas a correr
Chuê, chuê
Parece que alguém
Que cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer à saudade
No meio das águas rolando também
A lua branca de luz prateada
Faz a jornada no alto do céu
Como se fosse uma sombra altaneira
Da cachoeira fazendo escarcéu
Quando essa luz lá na altura distante
Meiga, ofegante no poente a cair
Dai-me essa trova que o pinho decerra
Que eu volto pra serra e torno a partir
E a fonte a cantar
Chuá, chuá
E as águas a correr
Chuê, chuê
Parece que alguém
Que cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer à saudade
No meio das águas rolando também
E a fonte a cantar
Chuá, chuá
E as águas a correr
Chuê, chuê
Parece que alguém
Que cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer à saudade
No meio das águas rolando também
E a fonte a cantar
Chuá, chuá
E as águas a correr
Chuê, chuê
Parece que alguém
Que cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer à saudade
No meio das águas rolando também
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)