Gosto de cachorro vagabundo,
Que anda sozinho no mundo,
Sem coleira e sem patrão,
Gosto de cachorro de sarjeta,
Que quando escuta corneta,
Sai atrás do batalhão.
E por falar em cachorro,
Sei que existe lá no morro,
Um exemplar,
Que muito embora não sambe,
Os pés do malandro lambe,
Quando eles vão sambar.
E quando o samba está vindo,
O vira-Lata latindo,
A soluçar,
Saudoso da batucada,
Fica até de madrugada,
Cheirando o pó do lugar.
Até mesmo entre os caninos,
Diferentes os destinos costumam ser,
Uns tem jantar e almoço,
Outros nem sequer um osso,
De lambuja pra roer.
Quando passa a "carrocinha",
A gente logo advinha,
A conclusão,
O vira-lata coitado,
Que não foi matriculado,
Dessa vez vira sabão.