Meses passados sem pegar na caneta
Medos a irem embora de uma forma terapeuta
É a neura, correr atrás do euro
Mas sem querer perder o norte, Ceuta
E se eu te amo, a ponto de ficar longe durante tanto, dura-me quanto?
A sanidade e o pranto? E volto a pegar em ti, e fazer-te grande
Elevar-te a mente para outro plano
Enquanto no canto, encanto no canto
Nem tanto, e tango com palavras que emano
Tenho mais tempo em cena, lúcida quarentena
Alma não é pequena, mas será que vale a pena?
Ficar e fincar, focar-me, dar-me a ti
É o dharma assim, karma afim
Sem arma, desarmado aqui no fim
Assim como sou, comme si comme ça
Sem lembrar como começou, o amor pelo som que ainda há cá
Num tom de revolta, haka
Sem saber se um dia a poesia que eu escrevo vai dar paka
Mas não há maka um gajo enfrenta tudo mesmo que saia de maca