Rio de Janeiro teu perfume, teu tempero
É o azul do mar o teu olhar coral
A água viva de sal espraiada
No teu corpo de luz esse poder que Deus deu
Quando o Rio se lamenta
Uma onda arrebenta sensual e traz de lá
Sereia liberta da teia das redes pra encantar
E vem num cavalo-marinho sobre as águas reinar
O brilho da festa de brisa do altar
Iorubá de Iemanjá
Iemanjá no mar
Rio de Janeiro o poeta num veleiro veio te contar
Que o carioca vê
A mata atlântica inteira na palma de um coqueiro solar
Esse é o povo que dança nas ruas
E o turista que desce na pista do lugar quer se tornar
Moreno e primo de Ogum, afilhado de orixá
Faz jogo de vicho na sombra leve de um flamboyant
Em tardes azuis reza no Maracanã
A oração do futebol
E o gol é o sol
O sol