Eu lhe esperei das meia-noite às duas horas
Fumando em desespero e de cronômetro na mão
Cada minuto que o ponteiro assinalava
Mais aumentava o grau da minha junta queimação
Quem tem noção do cumprimento do dever
Não faz o papelão que você fez só por prazer
Por outra vez, faça o favor de não brincar
Que eu sou nervoso e tenho força
E sou capaz de te estranhar
Para quem vir o sopro falso da mentira
Tudo mais é brincadeira e a verdade é velha asneira
Que caiu na decadência, tudo é dito na carreira
Sem dar tempo de tocar na consciência
Mas eu detesto, e, francamente não me presto
Me entreter com palhaçada porque sou de uma camada
Mais sincera e mais decente
Você é muito engraçada, mas é lá pra sua gente