Quem foi que disse
Que eu era forte
Nunca pratiquei esporte
Nem conheço futebol
O meu parceiro
Sempre foi o travesseiro
E eu passo o ano inteiro
Sem ver um raio de sol
A minha força brute reside
Em um clássico cabide
Já cansado de sofrer
Minha armadura
É de casimira dura
Que me dá musculatura
Mas que pesa e faz doer
Eu poso pros fotógrafos
E distribuo autógrafos
A todas as pequenas
Lá da praia de manhã
Um argentino disse
Me vendo em Copacabana:
"Non hay fuerza sobre-humana
Que detenha este Tarzan"
De lutas, não entendo abacate
Pois o meu grande alfaiate
Não faz roupa pra brigar
Sou incapaz de machucar uma formiga
Não há homem que consiga
Nos meus músculos pegar
Cheguei até a ser contratado
Pra subir em um tablado
Pra vencer um campeão
Mas a empresa, pra evitar assassinato
Rasgou logo meu contrato
Quando me viu sem roupão
[repete a segunda estrofe]
[intervalo instrumental]
[repete a primeira estrofe]