Eu sigo mil longas horas
Sem rumo flerto com a estância
Relembro da minha infância
De um tempo sem suas esporas
Encontro aquelas senhoras
Lembranças que ma tatuam
Na memória flutuam
E a alma arrepia a fora
Vem a saudade que estoura
Na garupa trás o pranto
Que mostra canto por canto
Onde a felicidade mora
Ora! É por isso que eu canto
O meu pranto é de alegria
Pois de alegria sou tanto
Mesmo se a saudade chia
Agradeço noite dia
Esse laço que me amarra
Com a chama que não se apaga
Sustentando essa magia
Magia que me sustenta
Eu chamo de poesia
Sem ela não existia
A melodia que me tenta
Atenta é a lembrança
Que o tempo trás num suspiro
Registro no fio lança
Inspiração que vem no tiro
Eu sento verbo e nem miro
Meu pensamento retido
E no final me admiro
Que tudo fez seu sentido
Pampiana, pampiana, pampiana filosofia
Pampiana, pampiana, pampiana filosofia
Pampiana, pampiana, pampiana filosofia
Faz da liberdade minha única companhia
O cavalo cruza e eu monto sem encilha
Um fardo nas costas e na frente uma trilha
Perguntas, respostas, entrelaçadas na guerrilha
E a minha atitude da consciência é filha
Luto pelo que acredito, reforçando o império
Do ritmo e poesia, batida e assunto sério
Amiga inspiração, da experiência é critério
A mesma que faz bater o meu coração gaudério
Quando cravo meu punhal, na evolução do papiro
Sentimento surreal, emoção que me refiro
O poema que costura a cicatriz que o tempo abriu
No escuro me procura trazendo o ar que eu respiro
No labirinto da consciência ao me encontrar
Perdido nessa estância eu despertei minha vocação
E só o que me restou foi uma simples sensação
De me sentir humano pronto pra recomeçar
Pampiana, pampiana, pampiana filosofia
Pampiana, pampiana, pampiana filosofia
Pampiana, pampiana, pampiana filosofia
Faz da liberdade minha única companhia
Composição: Alve