Negro é o meu vestido
Tem da noite o seu encanto
Faz reelçar o sentido
Do sentimento contido
Nas outras cores que canto
O fado não é razão
Que dê o saber aos sábios
É como a respiração
Nasce ao pé do coração
E morre à porta dos lábios
Onde mora esta ansiedade
Que domina a minha voz
Deve morrer na saudade
Ou então é a vontade
De alguém maior do que nós