parou vestindo
seu traje de festa,
frente ao espelho
nua de alegria,
olhou a ruga
lhe enfeitando a testa,
pouco ligando
ao que esta lhe dizia,
cantarolou,
tal como antigamente,
Ousou sorrir,
coisa que não fazia,
Bem reparou
que estava diferente,
Fingiu porém
que nada percebia!
E foi pra rua
decididamente,
A esquecer
o peso do passado,
Andando à êsmo
tão indiferente,
À importância
do certo e do errado,
Embriagou-se
de gotas de orvalho,
E nas carícias
da noite escura,
Seguiu sem rumo
por motivos vários,
Quase chegando
às ráias da loucura!