Eita pedaços de coisas
Eita fim de tempestade
Eita restos de nós mesmos
Eita começa a saudade
Ora foram-se as chuvas
Que eu agora estou sozinho
E o fim desse verão
É o fim do meu caminho
É um perseguindo o outro
Já no curso da estrada
Ficou o corpo na cama
Resta a imagem guardada
E o filho desejado
Foi a promessa de vida
E toda dor que restou
É da imagem perdida
Mais agora é só o bronze
De uma lembrança sofrida
Ficou a cobra na mão
E uma estatua esquecida
Eu já deixei de ser eu
Uma flor murcha na mão
E com o cravo na alma
Sou um fantasma sem chão
Sempre o mesmo mistério
É o fim do meu caminho
Já sem pranto em sem culpa
Eu fico apenas sozinho
Eita pedaços de coisas
Eita fim de tempestade
Eita restos de nós mesmos
Eita começa a saudade
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Enviado por:
Luiza - Rio de Janeiro